segunda-feira, 9 de abril de 2012

"Seguiu-se a prata da casa: Maria do Céu Guerra. Prata, não: ouro. Ouro puro em cima de um palco, sem artifícios nem qualquer distracção que nos faça tirar os olhos e os ouvidos dela, abismados pela força daquela mulher. Um monólogo à medida de uma grande actriz: a rainha D. Maria I e a sua loucura delirante, instável, confinada à exiguidade de um barco, numa viagem feita de tormentas de toda a ordem a caminho da sepultura em solo desconhecido. Um belo texto do brasileiro Antônio Cunha, desfiando dois reinados e uma das épocas mais atribuladas da nossa História. Fixei uma frase, das muitas que a rainha louca nos serviu: "A loucura não é uma porta que se fecha, são muitas janelas que se abrem. O pior é que se abrem todas ao mesmo tempo". Enfim, uma peça que se pode ver ainda n'A Barraca, mas já só às quartas-feiras. Vale a pena." por Ana Vidal. http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/4202299.html

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